A dislexia é provavelmente a perturbação mais frequente entre a população escolar, sendo referida uma prevalência entre 5 a 17,5 %.
A prevalência é, contudo, variável dependendo do grau de dificuldade dos diferentes idiomas.
No nosso país não existem estudos sobre a prevalência.
Em relação à distribuição por sexos tem-se verificado uma evolução ao longo dos tempos.
Inicialmente era referida uma maior prevalência no sexo masculino, nos últimos anos passou a ser referida uma distribuição igual em ambos os sexos.
Tem sido considerado que o défice cognitivo que está na origem da dislexia persiste ao longo da vida, ainda que as suas consequências e expressão variem sensivelmente. Já foram realizados estudos, com o objectivo de avaliar as modificações operadas nos sistemas neurológicos cerebrais, após a intervenção utilizando programas multissenssoriais, estruturados e cumulativos. As imagens obtidas através da fMRI mostraram que os circuitos neurológicos automáticos do hemisfério esquerdo tinham sido activados e o funcionamento cerebral tinha «normalizado».